O Liberal de domingo passado, 04/03/2012, teve como manchete de primeira página o fato de que o “PAC não libera verba para metade das obras no Pará”, o que demonstra, aliás, de maneira inequívoca, que o tal “Programa de Aceleração do Crescimento”, lançado no segundo governo do presidente Lula, nada mais foi do que um plano, que visava, fundamentalmente, eleger a então ministra Dilma Roussef à presidência da República.
E não por acaso, nem bem havia sido lançado o “PAC I”, de imediato foi lançado o “PAC II”, que, como o primeiro, continua empacado e sem produzir os resultados, que muitos brasileiros acreditaram à época das eleições de 2010. Aliás, para quem leu a matéria no caderno “Poder”, da referida edição de O Liberal, certamente deve ter ficado estonteado, com o volume de recursos que não foram liberados para as obras de infraestrutura de transporte no Pará, inclusive para a conclusão da ponte sobre o rio Araguaia, no eixo da rodovia Transamazônica, que, aliás, já deveria estar pronta, até porque foi iniciada, ainda, no governo do presidente Fernando Henrique Cardoso.
E não por acaso, nem bem havia sido lançado o “PAC I”, de imediato foi lançado o “PAC II”, que, como o primeiro, continua empacado e sem produzir os resultados, que muitos brasileiros acreditaram à época das eleições de 2010. Aliás, para quem leu a matéria no caderno “Poder”, da referida edição de O Liberal, certamente deve ter ficado estonteado, com o volume de recursos que não foram liberados para as obras de infraestrutura de transporte no Pará, inclusive para a conclusão da ponte sobre o rio Araguaia, no eixo da rodovia Transamazônica, que, aliás, já deveria estar pronta, até porque foi iniciada, ainda, no governo do presidente Fernando Henrique Cardoso.
Mas, pior que a não conclusão da ponte sobre o rio Araguaia, é a não execução das obras de derrocamento do chamado “Pedral do Lourenço” no rio Tocantins, próximo a Itupiranga, o que impossibilita a navegabilidade no trecho Tucuruí-Marabá, tirando, assim, a importância das Eclusas de Tucuruí, que, como todos sabem, foram inauguradas com pompas pelo presidente Lula, em 2010, em meio a muita festa e propaganda.
Porém, quando se fala das eclusas de Tucuruí, é bom lembrar que a sua construção se deu pela necessidade de se implantar a hidrovia Araguaia-Tocantins, como modal de transporte, ligando a região do cerrado ao porto da Vila do Conde, em Barcarena. Esta é a verdadeira razão de existir dessas eclusas. Contudo, sem a derrocagem das pedreiras do Tocantins e do Araguaia não há hidrovia. E, neste caso, de que adiantou construir as eclusas? Só para gastar dinheiro público? E talvez por isso não foi liberado, também, nenhum recurso para a construção do terminal de cargas multimodal de Marabá, por onde, é claro, deve ocorrer o embarque dos produtos daquele pólo industrial rumo ao porto da Vila do Conde, viajando através da hidrovia do Tocantins.
Mas, afora a ponte do rio Araguaia, a derrocagem das pedreiras da hidrovia Araguaia-Tocantins e a implantação do porto de Marabá, há, ainda, a pavimentação da rodovia Cuiabá-Santarém (BR-163), cujas obras foram paralisadas no ano passado; a pavimentação da Transamazônica (BR-230), que continua a passo de cágado, principalmente no trecho entre Altamira e Itaituba; bem como a construção da ponte estaiada sobre o rio Xingu, no eixo da Transamazônica e que continua sendo apenas um sonho, mesmo havendo congestionamento de veículos na travessia da balsa, que, aliás, aumentou consideravelmente após o início das obras da hidrelétrica de Belo Monte.
É evidente que a não execução de todas essas obras, que, obviamente, são fundamentais para o desenvolvimento do nosso Estado e que constam do chamado “PAC I”, revolta todos aqueles que sonham com um Pará mais desenvolvido. Porém o que mais incomoda, e muito mais que a não liberação dos recursos orçamentários, é o fato dos deputados do PT e dos demais partidos que apóiam o governo da presidente Dilma permanecerem calados, silentes, como se não fossem, também, representantes do povo do Pará, dando-nos a sensação de que perderam a capacidade de se indignarem e levarem ao conhecimento da presidente Dilma esse esbulho, que se pratica contra o Pará. E por favor, não venham com a justificativa esfarrapada de que a não liberação desses recursos, por parte do Ministério dos Tran sportes, se deu em face dos escândalos de corrupção que envolveu o Denit no ano passado e que alcançou, inclusive, o então ministro Alfredo Nascimento.
Como é possível não se liberar os recursos do orçamento de 2011 para essas obras, sem nenhuma indignação por parte dos deputados governistas? E isto sem falar da necessidade de recuperação da antiga PA-150, que foi federalizada no governo Lula e que hoje é a BR-155. Com certeza que essa é uma justa indignação, por ser em defesa do Pará.
Fonte: Publicado em O LIBERAL de 07/03/2012, 1º caderno, pág. 02
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