quarta-feira, 21 de setembro de 2011

O 11 de setembro


Há dez anos passados, num dia qualquer por volta das 9:00 horas da manhã, hora de Brasília, no momento em que me preparava para sair, eis que vejo pela televisão o choque de um avião com uma das torres gêmeas de Nova York e a outra em chamas, cheia de fumaça. No primeiro instante, imaginei que se tratava de um filme.
Contudo, ao aumentar o som da televisão, percebi que não era ficção e sim fato real. Parei, para ver do que se tratava. E eis que uma das torres desaba, implodindo na vertical. Era perceptível, pela reportagem, que ninguém sabia o que estava acontecendo. Até os repórteres estavam atônitos. E, logo em seguida, desaba também a se gunda torre, implodindo na vertical como a primeira. Em seguida entra no ar o então presidente George W. Bush, falando de uma base militar e informando que os EUA haviam sido atacados por terroristas e só. A partir daí, é óbvio, o mundo todo estava ligado nos EUA. Depois veio à notícia de que outro avião atingira o “Pentágono” e outro havia caído na Pensilvânia.

Por volta do meio-dia, hora de Brasília, o mundo todo já sabia que quatro aviões Boeing haviam sido sequestrados, sendo que dois foram levados de encontro às duas torres gêmeas de Nova York – o centro do poder econômico dos EUA. Outro, foi jogado sobre o “Pentágono”, o centro do poder militar daquele País. E o quarto que caiu na Pensilvânia, graças à ação dos passageiros que reagiram e evitaram que fosse jogado sobre o “Capitólio” – a sede do Congresso dos EUA.

Era 11 de setembro de 2001. O dia que o mundo parou, estarrecido diante das imagens de televisão, até porque era inimaginável, naquela época, principalmente, que alguém ou alguma força fosse capaz de parar, de assustar, de botar de joelhos o país mais poderoso do mundo.


O mundo chorou por tantas vítimas inocentes. A grande maioria dos países solidarizaram-se com os EUA. O mundo estava assustado, com o poder dos terroristas. E todos se perguntavam, quem teria sido capaz de planejar e comandar a execução de tão ousada operação, que apanhou de surpresa a maior potência militar do planeta? Aí surgiu o nome de Osama bin Laden, até então um ilustre desconhecido, que seria o chefe da Organização Terrorista de nome “Al-Qaeda”.

Esses fatos levaram-me a escrever um artigo intitulado “O império romano de hoje”, publicado em O Liberal de 17/09/2001, fazendo uma correlação entre os EUA e o antigo Império Romano que, também, ficou de joelhos, humilhado, apavorado com a possibilidade de ROMA, “a capital do mundo”, da época, ser invadida por um exército de escravos, comandado pelo lendário “SPARTACUS”, o que levou as legiões romanas a caçarem-no até destruí-lo. E, assim, começou a ruir o império que todos imaginavam ser eterno.

Como a velha “ROMA”, os EUA também foram agredidos na sua honra e humilhado na sua dignidade de super potência. Mas, como os tempos são outros, escrevi no referido artigo, “espero que os EUA não façam como os romanos, que estavam preocupados apenas em lavar a sua honra, o que poderia arrastar o mundo para um conflito sem precedentes.”

É evidente que o conflito que se temia não aconteceu. No entanto houve a invasão do Afeganistão e do Iraque. A caça até a morte de Saddan Hussein. E a caça por quase 10 anos daquele que desafiou o poderio norte-americano: Osama bin Laden, morto no Paquistão meses atrás e jogado ao mar, para evitar que a sua sepultura se transformasse em lugar de peregrinação.

Domingo passado, 11 de setembro, completou 10 anos daquele ataque terrorista. Várias foram as homenagens às vítimas daquele dia de terror e angústia, nos EUA. O mais marcante, porém, é que novamente o mundo parou para relembrar aquele dia. Aliás, na semana que antecedeu ao 11 de setembro, todas as televisões do mundo inteiro, sejam canais abertos ou fechados, dedicaram-se a relembrarem aqueles acontecimentos, o que demonstra a força dos EUA em todo o mundo. E o 11 de setembro, agora eternizado com um “memorial” em Nova York, no lugar das torres gêmeas, além de ser naturalmente um lugar de oração, passa a ser, também, um ponto turístico daquela cidade, que, ainda, é a capital do mundo moderno, a “ROM A” dos dias atuais. E creio que assim o será por muito tempo, apesar das dificuldades dos EUA.

Fonte: Publicado em O LIBERAL de 14/09/2011, 1º caderno, pág. 02

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