Graças aos inúmeros escândalos que, ultimamente, tem ocorrido na administração pública do Brasil, muitos são os que pensam que a corrupção é uma marca característica do brasileiro, quando, na verdade, essa prática é inerente à raça humana, até porque rouba-se no mundo desde que o mundo é mundo e isso ocorre em todos os países. A diferença, é que quando esses delitos são detectados em outros países, principalmente nos do chamado primeiro mundo, os acusados são imediatamente indiciados, processados, e, em sendo culpados, são condenados e presos, além de devolverem o que foi surrupiado. No Brasil, ao contrário, ao se ter notícia de corrupção, logo isso se transforma em escândalo nacional, ocupando grandes espaços na mídia, até a exoneração do acusado. Feito isso a mídia esquece o ocorrido, como se o importante fosse, apenas, a exoneração do acusado e não a sua punição. Daí a população ficar sem saber se o acusado foi indiciado, processado e muito menos se foi julgado, condenado ou absolvido, até porque, no Brasil, o processo de julgamento, por parte da Justiça, demora tanto que, quando ocorre, se ocorrer, a população nem mais se lembra do fato, o que leva a população a descrer na ação da justiça e a responsabiliza pela impunidade, o que, por óbvio, estimula mais ainda a prática de corrupção.
É claro que sempre houve corrupção no Brasil. Pelo menos é o que se ouve dizer. Contudo, como diria o Lula, “nunca antes neste país” se viu tanta denúncia de corrupção e nos mais diferentes setores do Estado brasileiro, que é capaz de deixar perplexo até os mais ousados assaltantes de banco. Mas, não se diga que é uma ação do governo, porque, na verdade, é a imprensa quem faz as denuncias.
É evidente que a população brasileira se incomoda e se decepciona a cada notícia de corrupção envolvendo ministros de Estado e outras autoridades do Executivo e do Legislativo. Imagine se envolver o Judiciário? Até porque é esse Poder que julga e pune os criminosos. Mas, se o próprio Judiciário estiver envolto em corrupção? O que fazer?!
É claro que sempre houve corrupção no Brasil. Pelo menos é o que se ouve dizer. Contudo, como diria o Lula, “nunca antes neste país” se viu tanta denúncia de corrupção e nos mais diferentes setores do Estado brasileiro, que é capaz de deixar perplexo até os mais ousados assaltantes de banco. Mas, não se diga que é uma ação do governo, porque, na verdade, é a imprensa quem faz as denuncias.
É evidente que a população brasileira se incomoda e se decepciona a cada notícia de corrupção envolvendo ministros de Estado e outras autoridades do Executivo e do Legislativo. Imagine se envolver o Judiciário? Até porque é esse Poder que julga e pune os criminosos. Mas, se o próprio Judiciário estiver envolto em corrupção? O que fazer?!
É por isso que a música do Renato Russo está mais atual do que nunca. “Que país é esse”, onde até dois ex-presidentes do Tribunal de Justiça, do Estado do Rio Grande do Norte, ficaram com o dinheiro dos precatórios, segundo a reportagem do programa “Fantástico” da Rede Globo de Televisão, de domingo passado? E o processo, ainda, tramita em segredo de justiça no Superior Tribunal de Justiça. E se forem condenados, pelo roubo que praticaram, ainda assim, não serão demitidos a bem do serviço público, como ocorreria com qualquer outro servidor público comum, e sim aposentados compulsoriamente, porque são desembargadores. É o prêmio que receberão por terem roubado o dinheiro que estava naquele Tribunal, do Rio Grande do Norte, provavelmente para pagar os pobres servidores que demandaram contra o Poder Público e ganharam na justiça.
O que fazer? O escândalo do mensalão, ocorreu no primeiro governo do presidente Lula e até agora os acusados não foram julgados pelo Supremo Tribunal Federal. Sete ministros de Estado e outros servidores do governo Dilma foram demitidos por corrupção, e, pelo que se sabe, até agora nenhum foi condenado pela justiça. A corregedora do Conselho Nacional de Justiça denunciou vários juízes, cognominando-os de “bandidos de toga”. O Brasil vive hoje o escândalo do “Cachoeira”, que mais uma vez envolve membros das duas casas do Congresso Nacional. E agora esse outro escândalo, e ponha-se escândalo nisso, envolvendo dois ex-presidentes do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Norte. A que ponto se chegou!...
Quando era deputado federal, no início dos anos 90, participei do processo de impeachment do presidente Collor de Melo. Logo depois veio a “CPI dos Anões do Orçamento”, que culminou com a cassação de 18 deputados federais por falta de decoro parlamentar. Imaginei que tudo aquilo fosse excepcional e que nunca mais voltaria a ocorrer no Brasil, e, naquele tempo, a prática de corrupção estava circunscrita a setores do Executivo e do Legislativo. Agora, porém, chegou ao Judiciário, o que dá a sensação de que a corrupção no Brasil tornou-se sistêmica. É triste...
Fonte: Publicado em O LIBERAL de 16/05/2012, 1º caderno, pág. 02
O que fazer? O escândalo do mensalão, ocorreu no primeiro governo do presidente Lula e até agora os acusados não foram julgados pelo Supremo Tribunal Federal. Sete ministros de Estado e outros servidores do governo Dilma foram demitidos por corrupção, e, pelo que se sabe, até agora nenhum foi condenado pela justiça. A corregedora do Conselho Nacional de Justiça denunciou vários juízes, cognominando-os de “bandidos de toga”. O Brasil vive hoje o escândalo do “Cachoeira”, que mais uma vez envolve membros das duas casas do Congresso Nacional. E agora esse outro escândalo, e ponha-se escândalo nisso, envolvendo dois ex-presidentes do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Norte. A que ponto se chegou!...
Quando era deputado federal, no início dos anos 90, participei do processo de impeachment do presidente Collor de Melo. Logo depois veio a “CPI dos Anões do Orçamento”, que culminou com a cassação de 18 deputados federais por falta de decoro parlamentar. Imaginei que tudo aquilo fosse excepcional e que nunca mais voltaria a ocorrer no Brasil, e, naquele tempo, a prática de corrupção estava circunscrita a setores do Executivo e do Legislativo. Agora, porém, chegou ao Judiciário, o que dá a sensação de que a corrupção no Brasil tornou-se sistêmica. É triste...
Fonte: Publicado em O LIBERAL de 16/05/2012, 1º caderno, pág. 02
Nenhum comentário:
Postar um comentário